quinta-feira, março 13, 2008

Arroz com feijão e o PT pré-histórico
Editorial, Folha de S. Paulo

DIA DE FESTA em Dianópolis, sudeste de Tocantins. Não é todo dia, afinal, que um presidente da República resolve aparecer na localidade. Na terça-feira passada, Lula oficializava, ao lado de 28 prefeitos, a entrega de títulos de propriedade a 58 famílias de pequenos agricultores, beneficiados pela primeira etapa de um projeto de irrigação rural.
Eram 2,2 mil hectares. Outros 2,3 mil hectares foram repassados a cinco empresários. Mas não houve, na cerimônia, quem exigisse maior eqüidade distributiva na ação presidencial. Cerca de 5.000 pessoas comemoravam, ali, outro tipo de distribuição: a de marmitas (arroz, feijão, carne, mandioca e refrigerante) pagas pelo governo Marcelo Miranda (PMDB). A fila para receber o alimento estendeu-se por meio quilômetro.
O prefeito da cidade, o petista José Salomão Jacobina Aires, dividiu com o governo do Estado as despesas com o transporte, em ônibus fretados, dos cidadãos que tinham interesse em participar da solenidade com o presidente. Vinte e oito prefeitos da região esperavam-nos no palanque.
Salomão, que se prepara para concorrer à reeleição no final do ano, decretou feriado municipal em Dianópolis.
"É um acontecimento histórico", justificou. Seria mais exato qualificá-lo de pré-histórico.
Extinta a voga abusiva dos showmícios, volta-se ao arroz com feijão do coronelismo tradicional. LEIA MAIS
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