sexta-feira, janeiro 04, 2008

APARTHEID E DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
"À medida que o apartheid [na África do Sul] não dava bola para as questões tribais e transformava cor de pele em categoria política – negando direitos aos negros, independentemente de sua origem -, o país se dividiu em duas partes: a minoria branca e a maioria negra; a primeira vivendo segundo as regras da democracia ocidental; a segunda debaixo de uma odiosa discriminação. Os negros passaram a lutar para ser reconhecidos como cidadãos plenos de direito, a exemplo dos brancos. Os discriminados não reivindicam direitos tribais, mas de cidadania.

E qual era o modelo capaz de oferecer o que pediam sem excluir do país os brancos, que formavam a mão-de-obra de elite e detinham o comando da burocracia? A democracia. Qual democracia? Aquela de “um homem, um voto”. Em vez de luta tribal, representação; em vez de arranca-rabo de classes, economia de mercado.

O mundo é UM. A democracia representativa venceu a batalha e é o modelo que pode garantir a luta permanente por mais bem-estar. O resto é aposta na barbárie, como se vê na quase totalidade da África e se prenuncia na Venezuela, na Bolívia e no Equador.
(REINALDO AZEVEDO)

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