domingo, novembro 11, 2007

TRIBUNAL DE CONTAS NO BRASIL
Reis absolutistas não prestavam contas ao povo. Prestação de contas / fiscalização da aplicação dos recursos públicos é característica do movimento republicano (república = coisa pública).
Repare na resistência dos "reizinhos" para dificultar a fiscalização:
Folha de SP: O TCU no Brasil foi criado com a Constituição de 1891, mas passou a funcionar em 1893. No entanto, o funcionamento do TCU como fiscalizador durou pouco. Ainda em 1893, o então presidente, marechal Floriano Peixoto, entrou em conflito com o tribunal. A rejeição pelo TCU da indicação de um parente do presidente anterior, marechal Deodoro da Fonseca, para o cargo de ministro da entidade, foi o estopim para a modificação do órgão. O importante era que não havia vaga aberta no TCU, e Floriano mandou que o órgão criasse uma vaga.
Floriano restringiu o papel do TCU impedindo o órgão de fiscalizar o Executivo.O TCU sobrevive no Brasil ganhando poderes de fiscalização durante os períodos democráticos e perdendo nos autoritários.
O papel fiscalizador do TCU volta com a Constituição de 1988. Entre elas, a principal é apreciar as as contas anuais do presidente da República. O TCU, nesse caso, não julga, mas apenas elabora pareceres: cabe ao Congresso aprovar ou não.
A Constituição estipula também que compete ao TCU julgar as contas dos administradores públicos. Além disso, o TCU deve realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso, fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a Estados e a municípios, apurar denúncias, fixar os coeficientes dos fundos de participação dos Estados e dos municípios e fiscalizar a entrega dos recursos.
As decisões do TCU podem suspender contratos -neste caso o órgão pede que o Congresso ou o Executivo paralise, caso isso não ocorra em 90 dias, a entidade pode suspender-, aplicar multas e exigir ressarcimento de verbas.
NO MUNDO
Pelo mundo, os órgãos se dividem em dois tipos: controladorias e tribunais de contas. As controladorias funcionam como órgãos de auditoria cujas funções são centralizadas na figura de um controlador-geral, a quem cabe toda a responsabilidade sobre a tomada de decisões. Os Estados Unidos são um exemplo desse tipo.
O GAO (General Accounting Office) é dirigido por um auditor-geral, com mandato de 15 anos, cuja indicação é de responsabilidade do Executivo, com referendo do Legislativo. No caso da auditoria, o objetivo é averiguar se as atividades do governo estão de acordo com o planejado e estabelecido previamente e se estas foram implementadas com eficácia.
Os tribunais de contas, diferente das controladorias, têm a apenas a preocupação de verificar se os gastos efetuados foram a legais.

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