sábado, novembro 10, 2007

O PSDB não desce do muro
Rudolfo Lago, IstoÉ

Emparedados entre o governo, que passa o rolo compressor na Câmara dos Deputados, onde tem maioria, e os governadores tucanos, que precisam do dinheiro da CPMF, o PSDB mais uma vez deu mostras de que não sabe como fazer oposição. Depois de acenar para o governo, os senadores tucanos rechaçaram a proposta de acordo em torno da prorrogação da CPMF. Mas, ao mesmo tempo, não definiram uma posição quanto à votação da emenda quando ela for à apreciação no plenário do Senado. Deixaram a questão em aberto. Bom para o governo, que poderá negociar votos no varejo e poderia contar com cinco a seis dos 13 votos tucanos, nas contas do próprio PSDB. “Vamos conseguir aprovar com diálogo, com corpo a corpo, conversando com todos os senadores”, disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ou seja: num lance dúbio, o PSDB agradou aos seus governadores – especialmente José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, que desejam o repasse que lhes cabe do imposto –, não rompeu inteiramente com o Planalto, e ainda deixou espaço para manter o discurso oposicionista, já que não fechou acordo com o governo.
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