domingo, novembro 18, 2007

Luiz Inácio conhece bem o estômago político.
Sabe que ele se alimenta de cargos e verbas. E não tem escrúpulos em saciar sua fome.
Se há muitos partidos - 11 na base -, aumenta para 37 as Pastas na Esplanada dos Ministérios.
Se parlamentares querem grana, precisam, antes, aprovar a montanha da carga tributária. Depois terão direito a um pedacinho do Orçamento para fazer política nas suas regiões. Quem se lembra do mensalão? Eram recursos para "compra" (cooptação) de votos de parlamentares. Será que há muita diferença entre o mensalão e o "emendão" orçamentário para atender à cobiça parlamentar?
A corrupção é um desvio institucional, ilegalidade praticada sob o abrigo da imoralidade. Isso ocorre quando as autoridades públicas deixam à margem seu dever e passam a subordinar seus papéis a demandas exógenas, como as de políticos em época de eleição. Maquiavelicamente, é o que faz e continuará a fazer o governo Lula.
Sob essa cultura, a semente do status quo da política nunca deu tantos frutos.
Há alguma tentativa do governo para modernizar o Estado? Ao contrário, a aposta é a de que, se a extinção do imposto sindical vingar no Senado, conforme foi aprovado na Câmara, o Executivo vetará a medida, recompondo a ferramenta de perpetuação do peleguismo.
Há esforço do Executivo para reformar a política? Não. (Gaudêncio Torquato, O presidencialismo de coação, no Estadão).
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