ITAPEVA - Pacientes esperam até 5 horas no pronto-socorro; autoridades negam-se a dar explicações.

Folha do Sul de ontem:

Em Itapeva as pessoas ainda sofrem - e muito - com a demora no atendimento do Pronto Socorro (PS), que fica na Santa Casa de Itapeva. Enquanto a Santa Casa recebe elogios por ser considerada modelo para o resto do Estado, pessoas ainda amargam horas com filhos doentes no colo, e falta de acomodação e dor.

A jovem Silmara Rosa Silva Gomes, 17 anos, moradora do Bairro Guarizinho, faz parte desse grupo. Ela carregou nos braços o filho Rian Henrique, de cinco meses, das 9h às 14h no último sábado (3), enquanto esperava para ser atendida. O bebê, com febre de mais de 38 graus, era apenas uma das muitas crianças que aguardavam um diagnóstico médico. Entre as crianças, uma garota de quatro anos que tinha engolido acidentalmente um pedaço de ferro e uma outra menina de cinco anos, que vomitava o tempo todo e mal conseguia se sustentar em pé.

A enfermeira que atendia as pessoas, insistindo para que se organizassem em fila, chegou a dizer a frase que estava na mente de todos: “Deveria ter mais médicos”.

Naquela manhã de sábado, apenas uma pediatra e um clínico geral recebiam os pacientes. A pediatra tinha que interromper o atendimento para participar de partos de cesária, realizados no hospital. Em cada saída da médica, quase uma hora de sala de atendimento vazia, para decepção de todos. “Agora que estava chegando a minha vez de ser atendida?”, questionava Silmara, quase sem acreditar.
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O secretário municipal de Saúde, Denílson Rodrigues, foi procurado nesta semana pela Folha do Sul para comentar a demora no atendimento do PS e informar qual é a verba que o município repassa para a Santa Casa, para pagamento de médicos e demais despesas, mas o secretário não deu entrevista. A Santa Casa também se recusa a falar em valores, alegando ser meramente uma prestadora de serviços ao município de Itapeva. ÍNTEGRA