sexta-feira, outubro 12, 2007

Cartão Saúde informatiza o atendimento da rede pública
Marcella Oliveira, Jornal do Brasil

Sistema informatizado e atendimento mais eficiente. Esse é o objetivo do Cartão Saúde do Cidadão, lançado ontem no Hospital Regional do Gama, durante o projeto Governo nas Cidades. Foram investidos R$6 milhões na informatização do sistema nos últimos seis meses. A previsão é de que serão aplicados mais R$ 50 milhões em três anos, até que todas as unidades de saúde do DF sejam atendidas pelo cartão.

A cada dois meses, uma região administrativa receberá o Cartão. A próxima será Samambaia. O último hospital da rede a oferecer o sistema será o Hospital de Base, uma vez que é o mais complexo e que tem o maior número de pacientes por dia. Todos os hospitais e centros de saúde serão interligados.

- O Cartão Saúde é um instrumento que a tecnologia nos dá para modernizar o atendimento ao público. Será mais eficiente, uma vez que o sistema de computador não tem as falhas do manual -afirmou o governador José Roberto Arruda. - Aos poucos vamos melhorando os serviços oferecidos pela rede pública de saúde. Temos um sistema ruim há muito tempo. Vai demorar para ser consertado-completou.

O paciente deverá usar o cartão para marcar consultas e, a partir daí, o prontuário será eletrônico. Para receber o cartão basta levar documento de identidade ou certidão de nascimento e informar o endereço. Fica pronto em cinco minutos. Ontem, os pacientes que foram ao HRG saíram de lá com o cartão nas mãos, como a dona de casa Maria Creuza de Oliveira, de 67 anos.

- Espero que a demora na marcação de consultas e nas filas para ser atendida diminuam com esse novo cartão - disse a dona de casa. Na medida em que os pacientes do Gama receberem o cartão, o prontuário de papel será digitalizado. Hoje, o hospital tem cerca de 600 mil prontuários. A idéia é que o papel seja eliminado.

- Faremos uma limpeza nos prontuários para identificar as duplicidades. Hoje há casos de um mesmo paciente que tem até seis cadastros diferentes, às vezes porque cadastrou o primeiro sobrenome e depois voltou e colocou o último - explicou João Luiz Arantes, subsecretário de Saúde.

O secretário de Saúde, José Geraldo Maciel, espera que até janeiro de 2008 todos os usuários do Hospital do Gama tenham seu cartão. A estimativa é que, por dia, sejam emitidos 2 mil cartões, no hospital e nos sete postos de saúde da cidade.

- Os pacientes do Entorno, que correspondem a boa parte dos atendimentos no Hospital do Gama, também poderão fazer o Cartão Saúde. Vou propor ao secretário de Saúde de Goiás que o sistema seja implementado no Entorno -afrimou Maciel.

A expectativa do GDF é economizar R$ 100 milhões por ano quando toda a rede estiver informatizada. Haverá, por exemplo, controle maior na distribuição de remédios, para evitar que o mesmo paciente recolha receitas com diferentes médicos, como acontece hoje.

Também se economizará nos exames laboratoriais, uma vez que metade deles são perdidos hoje pelos pacientes e precisam ser refeitos. Com o Cartão Saúde, o resultado ficará registrado no sistema.
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Sistema ao alcance das prefeituras. Em Itapeva, na gestão passada, foi comprado um programa de computador, foi iniciado o cadastramente do Cartão SUS. Mas não foi pra frente.
Além de controlar pacientes (consultas, remédios, exames), o sistema controla também a eficiência das consultas médicas.
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