quarta-feira, setembro 12, 2007

Saúde da Família ajuda a reduzir mortalidade infantil
Lígia Formenti, O Estado de S. Paulo

Um estudo coordenado pela pesquisadora Fátima Oliveira, da Secretaria de Vigilância em Saúde, mostra que a queda nas taxas de mortalidade infantil entre 1999 e 2004 está intimamente ligada à ampliação do Programa Saúde da Família (PSF) e à melhora na qualidade da atenção básica. No período, o número de mortes entre crianças com até 1 ano teve uma redução de 13%.

"O estudo mostra que o Programa de Saúde da Família caminha na direção correta. Ele passou por expansão e agora tem um novo desafio: melhorar a qualidade de cobertura, para que impactos positivos sejam mantidos", afirmou a pesquisadora. Fátima observa que, no período avaliado pelo estudo, o PSF teve influência favorável não apenas nas regiões Norte e Nordeste, onde o acesso à saúde e condições de saneamento são precários, mas também em regiões mais desenvolvidas do País, como Sul e Sudeste.

"Ele age nos bolsões de miséria, onde a assistência é menor. Daí a rapidez na mudança dos indicadores", avaliou.

TAXA DE REDUÇÃO

A pesquisa indica que a cada 10% de aumento da equipe de PSF há uma queda de 1,5 ponto porcentual na taxa de mortalidade infantil.

O trabalho mostra, porém, que embora seja importante, o PSF não é o fator que exerce mais influência na redução da mortalidade até 1 ano de idade. Como outros estudos já haviam revelado, a escolaridade da mãe é o que mais influencia nesse indicador. Quanto menor o número de anos de estudo da mãe, maior o risco de morte da criança em seu primeiro ano de vida. "O PSF vem em segundo lugar, seguido pelo saneamento", disse.
Fátima ponderou que o saneamento é importante por se tratar de um direito de toda a população a um ambiente saudável, "mas o efeito sobre os indicadores é mais lento", afirma.

Para ela, a influência do PSF na queda da mortalidade infantil se dá por alguns motivos básicos. Ele aumenta, por exemplo, o número de consultas durante o período pré-natal. Estudos mostram ainda redução significativa das taxas de morte por diarréia. "Ensinamentos sobre como lidar com a água e como agir quando a diarréia aparece são fundamentais."
Para a pesquisadora, é preciso agora capacitar agentes para que façam diagnóstico de forma mais rápida e para que possam identificar o surgimento de problemas. AQUI
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Itapeva tem uma das piores taxas de mortalidade infantil da região. No entanto, os PSFs são sofríveis: faltam médicos, profissionais, remédios...
O pior é que o próprio secretário da saúde, senhor Denilson, conformado, disse que a taxa é "normal" e que em seis ou sete anos chegaremos à média do Estado. Pode?
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