POPULISMO CAMBIAL E A TRAGÉDIA
Blog do Luis Nassif
A segunda tragédia ocorreu no primeiro ano do governo Lula. Em 2002, a desvalorização cambial - fruto de crise internacional e da instabilidade política - permitiu entrar em 2003 com perspectivas inéditas de retomada de crescimento. Escapava-se da armadilha cambial. Milhares de pequenas e médias empresas passaram a buscar o mercado externo. O agronegócio explodiu. Ajudado pela expansão da liquidez internacional e do fator China, a economia mundial entrou em uma fase de expansão inédita.
Mas a política monetária de Antonio Palocci e Henrique Meirelles, avalizada por Lula, jogou fora a grande oportunidade. Com o câmbio apreciado, o produto brasileiro perdeu competitividade. A carga tributária aumentou, as exportações de manufaturados foram perdendo gás. Aproveitou-se para reduzir a dívida externa brasileira, e o componente cambial na dívida pública.
Graças aos preços das commodities, o Brasil entrou menos vulnerável na crise atual. Mas vai sair dela como entrou, sem ter conseguido dar o grande salto de industrialização e desenvolvimento que teria conseguido, caso tivesse sido conduzido por estadistas nesses doze anos. Ao final desse período, tem-se o maior processo de concentração de renda da história. MAIS
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