domingo, julho 22, 2007

Dez meses, 350 mortes depois [ e o governo não sabe o que fazer]
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo

No Brasil presidido por Luiz Inácio da Silva é assim: o governo não sabe o que fazer, faz qualquer coisa e ainda quer que o País reaja sereno, quando não agradecido. O presidente da República talvez se surpreenda e ainda mais uma vez se sinta injustiçado com a avaliação de que seu pronunciamento à Nação na noite de sexta-feira foi pífio.

Falhou no quesito emoção, porque lhe faltou a veracidade da manifestação de solidariedade no momento exato da comoção e falhou no requisito administração, ao anunciar medidas para minorar os riscos futuros, menosprezando a gravidade dos fatos e, sobretudo, insistindo em não dar à crise aérea a sua real dimensão.

O máximo a que se permitiu foi reconhecer que o sistema de tráfego aéreo passa por "sérias dificuldades". Isso, dez meses e 350 mortes depois de repetidas e não resolvidas demonstrações de que a situação está absolutamente fora do controle. MAIS
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