terça-feira, junho 19, 2007

Berço da agronomia
Xico Graziano, O Estado de S. Paulo
O feijão carioca é uma das sete maravilhas da agronomia. Obtido a partir de uma mutação, graças ao melhoramento genético se tornou um supercereal. Suplantou seus rivais e, há 30 anos, conquistou a dona de casa. Um caso exemplar da pesquisa agropecuária.Feitos dependem de pessoas. O agrônomo Luiz D'Artagnan é considerado o 'pai' do feijão carioca, pela labuta na contínua experimentação da nova variedade. Conseguiu dobrar a produtividade e elevar a resistência às terríveis doenças que dizimam a leguminosa. Fácil de cozinhar, caldo grosso, venceu o mercado.Pessoas dependem de instituições. Recém-formado, em 1967 o jovem D'Artagnan ingressou, por concurso público, no famoso Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Realizava, assim, o sonho maior dos profissionais ao sair da faculdade. Sinônimo de respeito e idealismo.O feijão carioca é um sucesso venerado no melhoramento genético. Bom na roça, bom no prato. A panela de pressão lhe deve muito. Se alguém fizesse as contas, comprovaria, na sua moleza, a economia no bujão de gás. Certamente, até o efeito estufa se aliviou. Pouca gente, entretanto, na sociedade urbana, percebe a vantagem trazida pela tecnologia rural.
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