PLANEJAMENTO FAMILIAR
Editorial da Folha:
Hoje, a ameaça de uma nova explosão populacional não se coloca, mas o planejamento ainda é importante por permitir que as pessoas exerçam sua sexualidade de forma responsável e sadia.
As altas taxas de fecundidade da mulher brasileira caíram em ritmo quase sem paralelo no mundo. Em 1970, o índice era de 5,8 filhos por representante do sexo feminino. Em 1980, acompanhando o rápido processo de urbanização, caiu para 4,4 e, em 1991, o Censo registrou 2,7 descendentes por brasileira.
Em 2000, a taxa já baixara para 2,4 e, em 2004, à marca dos 2,1 filhos por mulher, que é a taxa de reposição -isto é, crescimento zero.
Mas há motivos para inquietação. Mulheres pobres e sem instrução ainda têm muito mais filhos do que as de maior renda e escolaridade. Este segue sendo um poderoso mecanismo de reprodução da miséria.A receita para combatê-lo é conhecida: informação e acesso aos meios contraceptivos. É justamente isso que o novo programa do Ministério da Saúde pretende proporcionar. MAIS
Marcadores: Demografia e planejamento familiar
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