segunda-feira, abril 16, 2007

Assentados desafiam MST e fazem parcerias com líderes do agronegócio
Roldão Arruda e José Maria Tomazela, no Estadão
Para a liderança do MST, tanto os canaviais quanto as áreas de reflorestamento não fixam os trabalhadores no campo, promovem a concentração da terra, ocupam áreas que poderiam ser destinadas à produção de alimentos e agridem o meio ambiente. São, portanto, culturas que devem ser combatidas.
Mas...os beneficiários da reforma agrária, muitos deles sob a bandeira vermelha do MST, nem sempre concordam - e desafiam as lideranças. Está aumentando o número de assentados que se associam a grandes empresas rurais para a produção de cana, eucalipto, frutas e também oleaginosas, estas para a produção de biodiesel.No Pontal do Paranapanema, área emblemática da reforma agrária, no interior de São Paulo, o descompasso entre líderes e assentados é visível. Ali, os beneficiários da reforma não apenas plantam cana: estão se associando agora às empresas de reflorestamento. Segundo informações de um dos assentados na região, José Dionísio de Souza, quase 70% dos lotes ao seu redor, já têm áreas com eucalipto. LEIA MAIS
Um bom exemplo da distância entre utopia e realidade.
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