Só o que cresce é o Estado
Giuliano Guandalini, na Veja
As estatísticas mostram que, claramente, o divisor de águas nesse processo de elefantíase estatal foi a Constituição de 1988. O governo Lula não é responsável por ela. Mas, em vez de apagar o incêndio, jogou gasolina na fogueira. Colhe agora o "pibinho" que semeou.
A ética anglo-saxã incentiva as pessoas que se dão bem pelo esforço próprio. Ela se alicerça no império da lei, de modo impessoal e valendo para todos. No Brasil, a tradição sociorreligiosa é de outra ordem: predomina o desejo de obter recursos e privilégios do setor público. Para muitos brasileiros, o lucro ainda é sinônimo de pecado.
Alexandre Marinis, diretor da consultoria Mosaico Economia e Política, analisou o desempenho de 215 países, entre 1971 e 2005, e constatou: quanto maior o tamanho do Estado, menor o crescimento. Tome-se o caso do Brasil. Nas décadas de 70 e 80, o setor público tinha um peso de 10% no PIB, e, nesse período, o crescimento médio da economia foi de 8,4% ao ano. Nas duas décadas seguintes, a fatia do Estado no PIB dobrou e a taxa média de expansão econômica minguou para 2,7%, em média, ao ano. Segundo os dados compilados pelo economista, os países em que o peso do Estado não passa de 10% do PIB registraram um crescimento médio de 4,7% ano. Os países em que o tamanho do governo atinge 20% do PIB, como o Brasil, não conseguem crescer mais do que 3% ao ano. LEIA MAIS
Marcadores: Economia crescimento
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