Apagão aéreo: Lula entrega tudo o que os controladores pedem, quebra a hierarquia militar e leva a sindicalização para as Forças Armadas
"Na véspera do 43º aniversário do golpe militar de 1964, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter contornado um apagão aéreo e dado início a um curto-circuito institucional. Depois de seis meses de desordem, sem que o governo tivesse produzido ao menos um diagnóstico da crise, Lula cedeu à chantagem dos controladores, aceitando todas as suas reivindicações, quebrou a disciplina na Aeronáutica e levou a sindicalização para o seio das Forças Armadas, uma das causas daquele movimento de que se fala na primeira linha. É claro que não há risco de golpe militar. O risco, a partir de agora, é o da bagunça permanente. A rapaziada viu que é fácil.
- Os controladores querem uma gratificação imediata. Lula disse “sim”;
- Os controladores querem um plano de carreira. Lula disse “sim”;
- Os controladores querem a suspensão de toda e qualquer punição. Lula disse “sim”;
- Os controladores querem o cancelamento da transferência de colegas. Lula disse “sim”;
- Os controladores querem o que chamam de interlocução permanente. Lula disse “sim”:
- Os controladores querem a progressiva desmilitarização do tráfego aéreo. Lula disse “sim”.
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