Câmbio ameaça carne de cavalo

O dólar desvalorizado pode comprometer o mercado de exportações de carne de cavalo em Minas Gerais. Apesar de ocupada por apenas duas empresas no estado, a atividade responde por 20,2% do volume exportado e 16,4% do faturamento do segmento em todo o Brasil. Só perde para Paraná e Rio Grande do Sul. O produto, proveniente do abate de animais de trabalho destinados ao descarte, é vendido para países europeus e para o Japão tanto para a venda no varejo como para a fabricação de embutidos. LEIA MAIS

Vejam como é a vida. Mesmo más notícias também têm um lado bom! No caso, a dificuldade de exportação de carne eqüina decerto diminuirá o roubo de cavalos nos sítios e fazendas daqui da região de Pedra Chata. Os larápios andavam mesmo exagerando!

A notícia acima explicou direitinho a razão de tanto atrevimento: a cotação dos cavalos "mortadelas" varia com o valor do dólar. Eita, mundo globalizado!

Como se vê, até uma atividade "alternativa" como roubo também é regulada pela lei da oferta e procura (talvez seja por esta e outras que a esquerda sempre tentou, em vão, revogar ou substituir esta lei da economia, tida por eles como a origem da desigualdade e da injustiça).

O pessoal da zona rural, inclusive lá na minha Turiba, chama cavalos velhos que não têm mais serventia, de "mortadela", em referência ao destino dos pobres animais. "Esse mortadela não agüenta mais puxar charrete, não presta pra nada."

A língua é dinâmica, como ensina o professor de Português, David Panis, da Folha do Sul. Tanto é que a expressão "mortadela" (significando cavalo imprestável) é usada para insultar ou fazer gozação de pessoas meio atrapalhadas, ou que se enrolam diante de determinadas situações, ou que não apresentam desempenho esperado em determinadas tarefas.

Dia desses, no Tênis Clube de Itapeva, o Magrão, sujeito que não gosta de perder nem no jogo de palito, ficou resmungando dos erros de seu companheiro de dupla: "Caramba! Esse mortadela não ajuda ..."