Parlamento ou chiqueiro, pergunta revista britânica The Economist
A revista britânica The Economist publica reportagem nesta quinta-feira sobre a eleição para a presidência da Câmara com o seguinte título: "Parlamento ou chiqueiro?".
A publicação trata da campanha "mordaz" e "fracassada para tentar limpar uma legislatura maculada" e diz que o cargo de presidente - apesar da falta de regras - está entre os mais "influentes e valorizados".
A publicação credita parte do problema à "fragmentação da política brasileira" com "não menos que 21 partidos políticos representados" entre 513 deputados e à troca freqüente de partidos. "Mas apenas sete desses têm presença nacional, o restante se resume a bandeiras de conveniência."
Outra questão lembrada foi a dificuldade que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve em obter maioria na última legislatura, o que acabou envolvendo seu governo em uma sucessão de escândalos e levou pessoas próximas ao presidente - como o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, acusado de chefiar o esquema do mensalão - a deixarem a equipe de Lula.
O texto fala também da volta à Câmara de envolvidos no esquema, como João Paulo Cunha, e da estratégia de Dirceu - próximo de Chinaglia - em conseguir de volta seus direitos políticos.
"A resposta de Lula foi a promessa de reforma política, mas isso é pedir aos perus que votem a favor do Natal.
É necessário um presidente mais determinado que Lula para conduzir medidas impopulares em uma legislatura em que leis se sustentam ou caem de acordo com o capricho de interesses pessoais, clientelas regionais e um apetite voraz por um naco do orçamento e apadrinhamento político", avalia a revista britânica lembrando que no dia-a-dia o governo acaba abusando no uso de medidas provisórias.
A publicação conclui que a tarefa mais difícil de Chinaglia será "proteger a democracia brasileira de si mesma" (Estadão)
Que tristeza!
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