quinta-feira, fevereiro 08, 2007

NÚMERO DE ELEITORES QUE RECEBERAM OFERTA DE COMPRA DE VOTO TRIPLICOU; AO CONTRÁRIO DO QUE SE IMAGINA, ELEITORES MAIS VULNERÁVEIS NÃO SÃO OS MAIS POBRES E COM MENOS ESCOLARIDADE
Resultado de pesquisa encomendada pela ONG Transparência Brasil e outras entidades:
1) 8,3 milhões de eleitores (8,25% do eleitorado) receberam ofertas de compra de votos nas últimas eleições;
2) em 2002, o índice foi de 3,3%.
3) a Transparência Brasil fez nesta quarta-feira um alerta de que a compra de votos nas eleições de 2006 pode ter influenciado significativamente no resultado do pleito;
4) para Cláudio Abramo, diretor da TB, os dados são preocupantes uma vez que o contingente de eleitores que foram instados a vender seus votos é maior do que a soma de todos os votos depositados nos Estados de Roraima, Amapá, Acre Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Amazonas;
5) o Paraná lidera: 22% dos eleitores receberam proposta de venda de voto;
6) entre as regiões, a maior incidência foi na região Sul (12%), seguida da Nordeste (10%), Sudeste (6%) e Norte/Nordeste (5%);
7) "A pesquisa demonstrou que o problema está se agravando e as evidências indicam que de forma catastrófica. A compra de votos está muito provavelmente influenciando as eleições brasileiras para qualquer cargo", disse;
8) Perfil dos eleitores mais vulneráveis. Ao contrário do que se costuma supor, esse grupo não é formado pelos mais pobres ou menos instruídos, são os mais jovens que se dizem dispostos a negociar o voto (15% dos eleitores de 16 a 24 anos receberam oferta)
9) A escolaridade também não influencia. Os mais vulneráveis têm de 5ª a 8ª séries (11%). Os eleitores com nível superior também são vulneráveis (10%).

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