terça-feira, janeiro 02, 2007

POSSE DE SERRA

Discurso: "A história dos povos na democracia mostra que o crescimento amplo e rápido da produção e do emprego não traz somente benefícios materiais.

Fortalece, também, as instituições e os valores democráticos, favorece a estabilidade política, estimula a tolerância, amplia as oportunidades. Robustece o caráter moral da sociedade, ao melhorar a atitude das pessoas em relação a si mesmas. Cria laços sociais mais sólidos, melhora a qualidade da democracia!

Estamos perdendo ou deixando de ganhar tudo isso, ao contrário do que aconteceu no Chile, em Portugal, na Espanha, no Sudeste Asiático.

Mas entre a estagnação e a estabilidade, o país parece ter preferido as duas. Em nome desta produz-se aquela; em nome da virtude, acabamos escolhendo o vício.

É vital para o Brasil, para São Paulo, para todos os estados e regiões do país, a ruptura desse ciclo, que é também intelectual, de ambições modestas e fracassos bem sucedidos em relação ao crescimento econômico.
Um país que não cresce acaba não distribuindo renda mas equalizando a pobreza. A economia da pobreza não pode ter como base a pobreza da economia.
A falta de desenvolvimento pune os mais necessitados; torna-os clientela cativa do assistencialismo. A assistência social é justa e necessária, mas a emancipação verdadeira, sair da pobreza, exige empregos e renda para as famílias, o que só pode acontecer com crescimento econômico.
E não há escassez de capital para promover esse crescimento. Ao contrário, o vertiginoso aumento das remessas de lucros das empresas estrangeiras aqui instaladas e dos investimentos de empresas nacionais no exterior, recursos que se vão a fim de criar empregos lá fora, mostra que não falta poupança ao Brasil para aumentar sua capacidade produtiva e seus empregos o que falta são oportunidades lucrativas de investimento, espantadas pela pior combinação de juros e câmbio do mundo, em meio a uma carga tributária sufocante.
Por que insisto tanto na questão do crescimento se as políticas macroeconômicas não são da responsabilidade do governo do Estado? Porque a estagnação nos tira postos de trabalho, arrecadação, escolas, saúde, segurança. Porque como governador tenho o dever de vocalizar os anseios de São Paulo. Dessa gente trabalhadora e guerreira, sem preconceitos, que acredita no esforço, na honestidade, no mérito, na seriedade, na franqueza. Paulistas nascidos em todos os estados do Brasil." ÍNTEGRA
Taí um discurso que vale a pena ler.
PS: outro discurso de posse de Serra: aqui.
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