A FORÇA DA DEMOCRACIA
De acordo com a Freedom House, uma ONG americana, o número de países considerados plenamente democráticos deu um salto nos últimos 30 anos -- saiu de 40 em 1976 para 89 em 2006
A maior força da democracia, sem dúvida, parece residir no que ela consegue evitar. Na China, entre 1958 e 1961, durante o Grande Salto Adiante, programa de industrialização de Mao Tse-tung, cerca de 30 milhões de chineses morreram de fome, algo que nunca aconteceu num sistema democrático.
Em seguida, durante a Revolução Cultural, a educação superior praticamente parou e os intelectuais foram "regenerados" com trabalhos braçais e humilhações públicas.
Há meros 17 anos, estudantes que pediam por reformas foram massacrados por tanques na Praça da Paz Celestial, em Pequim, algo impensável em qualquer país com eleições livres.
Na esfera econômica, as ditaduras podem ter diferentes orientações -- do liberalismo à planificação.
No campo da política, no entanto, elas tendem a formar um grupo coeso. Governo totalitário é a característica que une a China do Partido Comunista, a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, a União Soviética de Stalin, a Argentina dos generais, o Chile de Pinochet, o Cambodia do Khmer Rouge e a Cuba de Fidel Castro.
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