A má arquitetura salarial do governo
Roberto Macedo, Estadão
"Toda organização voltada para a eficácia e a eficiência de sua gestão não pode prescindir de uma adequada administração de salários e dos benefícios que vêm junto. Esta deve atrair os recursos humanos necessários ao bom funcionamento organizacional dando-lhes os estímulos necessários para que desempenhem bem suas tarefas. Isso sempre buscando o também eficiente uso dos recursos à disposição dos gestores, evitando o desperdício e prestando contas a quem é o dono, como os acionistas de uma empresa ou cidadãos que custeiam um governo.
Um procedimento para saber se uma estrutura de salários segue esses princípios consiste em compará-la com a de outras organizações. Outro é verificar se os salários são suficientemente atrativos, pelo número de candidatos com a qualificação adequada que disputam as vagas disponíveis. Nas empresas essas regras são seguidas trivialmente por seus administradores de recursos humanos, que por meio de pesquisas salariais e troca de informações estão sempre a comparar o que pagam com as práticas de outras empresas.
No Brasil, há uma tradição secular de privilégios para o servidor público, legislados por políticos desprovidos de princípios e critérios, em particular no uso do dinheiro público, pressionados por corporações de funcionários, e às vezes legislando em causa própria, como no caso dos parlamentares. Por sua vez, a sociedade não é ativa na cobrança de regras salariais no governo, só se indignando diante dos exageros mais evidentes." ÍNTEGRA
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