O rei está nu!
Economista (FGV) Paulo Nogueira Batista Jr. - na Folha
"Durante anos, alertei para um risco que me parecia escandalosamente óbvio: o de que a revalorização do real, iniciada em 2003, acabasse indo longe demais, com pesados prejuízos para as contas externas e o crescimento da economia brasileira.
Gato escaldado. Afinal, temos abundante experiência com os desastres decorrentes de períodos de excessiva valorização cambial. Em abril de 2003, cheguei a escrever, nesta coluna, um artigo com o seguinte título: "Erros novos, por favor!". Muitos duvidavam.
Os elevados saldos da balança comercial eram apontados como "prova" de que o câmbio não estava sobrevalorizado. O ex-ministro Palocci costumava recorrer a esse argumento. Como o real forte é, em larga medida, a outra face dos juros altos, a turma da bufunfa e o lobby financeiro mostram-se geralmente complacentes com a sobrevalorização.
Produção, exportação, geração de empregos - nada disso é com eles. Agora, o quadro é outro. Quase ninguém se atreve a negar que "o rei está nu".
Os efeitos maiores do real forte não apareceram nas contas externas, mas no desempenho do PIB, e especialmente da indústria de transformação." AQUI
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home