Governo desorientado e impostos
Vinícius Torres Freire, Folha
"O PRESIDENTE parece uma daquelas donas-de-casa ricas que nada entendem de economia doméstica. Num certo dia, a dona-de-casa acorda invocada, como sói acontecer com Lula, e aparece na cozinha a dar ordens.
"O PRESIDENTE parece uma daquelas donas-de-casa ricas que nada entendem de economia doméstica. Num certo dia, a dona-de-casa acorda invocada, como sói acontecer com Lula, e aparece na cozinha a dar ordens.
Quer um jantarzão pronto em meia hora e proíbe todo mundo de ir ao mercado (ou à feira, digamos, para usar palavra menos suspeita).
É a impressão que dá a barafunda da "nova política econômica" que se discute para o segundo mandato. Lula quer baixar impostos para incentivar investimentos privados e quer que o governo invista mais também. Mas não vai cortar gasto social. Isto é, quer colocar fermento na dívida pública." ÍNTEGRA
Seguinte: nesses anos todos, o PT sempre defendeu a "distribuição". Acreditava que aumentando a "distribuição" estimularia a produção. De fato, isso ocorre - desde que os empresários tenham margem de lucro para produzir mais, para investir mais.
Não é o caso atual. O mapa eleitoral demonstrou isso claramente: regiões produtoras (agrícolas e industriais) votaram no candidado de oposição, contra a política petista que desestimulou a produção: dólar baixo, juro alto, falta de financiamentos etc.
Há um dado que resume bem. Enquanto o consumo (a tal "distribuição") cresceu num ritimo de 6 % (o que é ótimo) a produção mal chega nos 3 % (crescimento do PIB).
Significa que a política econômica petista está estimulando a importação, a criação de emprego no exterior!
Eis o nó do PT: como abandonar o discurso de décadas? Como trocar o discurso "emocional" por outro "racional"?
Mais ainda: com que cara vão adotar o "choque de gestão" que a economia exige? Como explicar isso para os eleitores?
Lembre-se que essa bandeira era da oposição e foi ridicularizada pelos petistas!
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