AO CONTRÁRIO DO BRASIL, ARGENTINA AUMENTA PLANTIO DE SOJA
"A melhora nos preços dos contratos de soja da América do Sul negociados na bolsa de Chicago deverá estimular um aumento na área plantada com a oleaginosa na Argentina. De acordo com estimativa divulgada pela Agência Rural, a área plantada naquele país deve crescer 7% no ciclo 2006/07, que começa a ser plantado em novembro, passando de 15,2 milhões para 16,2 milhões de hectares. Será uma produção recorde para o país.
Os preços internacionais estão mais atrativos para os produtores e a expectativa é que a rentabilidade das lavouras fique entre 20% e 30% no próximo ciclo, contra uma média de 20% na temporada 2005/06.
EUA - também elevaram a área de soja em 2006/07, de 28,9 milhões para 29,9 milhões de hectares.
BRASIL - as lavouras - vejam só - no Brasil devem recuar em torno de 7% (para 20,8 milhões de hectares), enquanto o plantio da cultura no mundo cresce!
Comentário - Veja, leitor, no que está dando a política cambial. O governo permitiu (e estimulou) a queda do dólar. O lado bom é que a cesta básica e os produtos importados (e por tabela, os nacionais) ficaram mais baratos, aumentando o poder aquisitivo do salário. As pesquisas eleitorais apontam isso, Lula deverá ser reeleito.
E o lado ruim é o baque na agricultura, que perde competitividade. No post abaixo, "fábrica mineira ganha mais importando" ferros, sanduicheiras, liquidificadores. A firma está deixando de fabricar no Brasil para importar! Claro, com corte de empregos!
Distribuição de renda é necessária e desejável, por todas as razões. Distribuir renda é mesmo a finalidade da política, da democracia. Ponto.
Agora, exagerar na dose a ponto de compremeter a indústria e a agricultura nacionais é o fim da picada, porque dá efeito contrário. A médio prazo, o exagero quebra a produção, a renda, o emprego. É bom lembrar que sem "mais produção" não há como "distribuir mais".
Como vamos sair dessa? Se o dólar continuar baixo, o bicho pega. Se subir, a elevação da cesta básica come o poder aquisitivo do salário. Quem não se lembra do que aconteceu no segundo mandato de FHC, exatamente porque o dólar subiu a partir de 1999?
Mas há sim uma boa saída. É subir o dólar para estimular o crescimento da produção e recompor a renda dos produtores. Paralelamente, elevar os salários para compensar as perdas do poder aquisitivo. Haverá trancos (como houve com FHC-2), mas ao final todos sairão ganhando: produtores, trabalhadores e governo, que receberá mais imposto.
Se Lula tivesse seguido esta receita em 2003 (defendida pelos desenvolvimentistas), o País não estaria nesta enrascada, de novo.
Mas talvez São Lula, sem o milagre do populismo cambial, não fosse tão venerado - por aqueles que continuam desempregados!
Ô, vida!
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