PODER DA MÁQUINA ELEITORAL
Renda cresce em anos de eleição, mas depois cai
"A renda do brasileiro cresce em anos eleitorais, mas o efeito não dura mais do que um ano. Estudo elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que a renda mediana cresceu 12,1% em anos de eleições desde 1982. Nos anos seguintes às disputas eleitorais, a renda caiu 11,9%.
A volatilidade da renda nesse período está relacionada ao lançamento de pacotes econômicos com implicações fiscais, salariais e cambiais em sintonia com o calendário eleitoral. Pacotes de bondades ou programas de combate à inflação como os planos Cruzado, Verão e Real foram elaborados antes de períodos de votação. Já os programas que trazem custos imediatos com aumento do desemprego são lançados em anos posteriores às eleições, como o Cruzado Dois e o Plano Collor.
"Época de eleição é quando as boas notícias são entregues. Quem paga a conta é a instabilidade da sociedade. O Brasil ainda é uma democracia jovem, sujeita a políticas oportunistas de aquecimento da economia antes das eleições para gerar resultado favorável", afirmou Marcelo Néri, autor do estudo." (Folha de 23/8).
Marcadores: Economia renda, Eleição 2006
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