"A estratégia do município, hoje, é descaracterizar que gerar emprego é dar emprego na prefeitura.”
Há uma idéia meio generalizada de que o poder público é capaz de fazer milagre, só depende da vontade do governante. Provavelmente esse tipo de pensamento – equivocado! - seja responsável por eleição de candidatos que se apresentam como “salvadores da pátria”. E dá no que tem dado.
Peço licença para comentar uma entrevista que o vice-prefeito Armando Gemignani deu ao Informativo da Associação Comercial de Itapeva, maio/06. Como se sabe, Armando tem um jogo-de-cintura incrível, participou das últimas quatro ou cinco administrações municipais, como secretário, prefeito e agora vice e secretário.
O jornalista do Informativo levantou a bola: “Qual é a estratégia para o desenvolvimento de renda e geração de emprego?”. Pensei comigo, lá vem discurso...
Surpresa, Armando dispensou a “gentileza” e foi direto ao ponto: “A estratégia do município, hoje....é descaracterizar que gerar emprego é dar emprego na prefeitura.”
Mais: “Hoje o município está pagando em dia suas contas, seus funcionários, comprando do comércio local. Os recursos sendo investidos aqui, as obras de infra-estrutura, também possibilitam a abertura de novos comércios. O município fazendo seu dever de casa, a própria população se organiza, iniciam novos empreendimentos que gerem renda...”
É isso aí. De fato, o desenvolvimento é feito conjuntamente pelo Mercado (que fica com 60 % do PIB) e pelo Estado (que fica com 40 %). Quando o governo faz sua parte - o simples dever de casa! – é meio caminho andado. O desenvolvimento não é fácil, diga-se, mas não há outro caminho, não há remédio milagroso!
Vamos torcer para que esse pensamento perdure e crie raízes lá na prefeitura!
(Leia o artigo do filósofo Tambosi: Estado versus Mercado?
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