ESTADO VERSUS MERCADO? - FILÓSOFO TAMBOSI
Devidamente autorizado pelo autor (que gentilmente em seu BLOG DO TAMBOSI abriu um link de acesso a este singelo blog REPÚBLICA), transcrevemos o excelente artigo:
Estado versus mercado?
Liberalismo e Socialismo foram as duas grandes forças antagônicas do século XX, confrontando-se no plano da política e das idéias. O primeiro, considerado de "direita", sempre defendeu a economia de mercado, a livre concorrência, a não invasão do Estado na economia. O segundo, identificado como de "esquerda", propugnava a propriedade coletiva dos principais meios de produção, a nacionalização (leia-se "estatização") das grandes empresas e dos bancos.Os acontecimentos entre 1989 e 1991 - a queda do muro de Berlim e o desmantelamento da União Soviética - destroçaram o campo do socialismo, à época chamado de "socialismo real". O que sobrou? Do socialismo real, nada. Se algo do socialismo permanece é apenas em sentido ideal, utópico. A China ainda se diz comunista, mas abre-se ao capitalismo com uma sofreguidão selvagem. Cuba também se declara socialista, pelo menos nos intermináveis discursos de Fidel Castro, mas a única coisa que a ilha alcançou foi a igualdade de todos na miséria.Goste-se ou não, os países mais desenvolvidos são liberais. E capitalistas. E democráticos. Não são perfeitos, claro, mas nunca ambicionaram uma sociedade perfeita. Jamais prometeram a salvação (isto é coisa para os templos religiosos). São assim os Estados Unidos, a Inglaterra e a maioria dos países europeus. Por acaso, são eles a "direita"?E o que é a "esquerda", se o socialismo fracassou estrondosamente? O chavismo na Venezuela, as estatizações de Evo Morales na Bolívia? Então, ser de "esquerda" é repetir incansavelmente os erros do passado. É voltar as costas às "lições da história", menosprezar os fatos, agarrar-se a uma tábua de salvação, mesmo que podre.A questão que a história nos deixou não é a oposição Estado vs. mercado - como parece indicar, uma vez mais, a guinada de alguns países latino-americanos para o estatismo, sob governos ditos de "esquerda" -, mas como equilibrar Estado e mercado. Não há outra saída.A terceira via não passa de um fantasma.
Liberalismo e Socialismo foram as duas grandes forças antagônicas do século XX, confrontando-se no plano da política e das idéias. O primeiro, considerado de "direita", sempre defendeu a economia de mercado, a livre concorrência, a não invasão do Estado na economia. O segundo, identificado como de "esquerda", propugnava a propriedade coletiva dos principais meios de produção, a nacionalização (leia-se "estatização") das grandes empresas e dos bancos.Os acontecimentos entre 1989 e 1991 - a queda do muro de Berlim e o desmantelamento da União Soviética - destroçaram o campo do socialismo, à época chamado de "socialismo real". O que sobrou? Do socialismo real, nada. Se algo do socialismo permanece é apenas em sentido ideal, utópico. A China ainda se diz comunista, mas abre-se ao capitalismo com uma sofreguidão selvagem. Cuba também se declara socialista, pelo menos nos intermináveis discursos de Fidel Castro, mas a única coisa que a ilha alcançou foi a igualdade de todos na miséria.Goste-se ou não, os países mais desenvolvidos são liberais. E capitalistas. E democráticos. Não são perfeitos, claro, mas nunca ambicionaram uma sociedade perfeita. Jamais prometeram a salvação (isto é coisa para os templos religiosos). São assim os Estados Unidos, a Inglaterra e a maioria dos países europeus. Por acaso, são eles a "direita"?E o que é a "esquerda", se o socialismo fracassou estrondosamente? O chavismo na Venezuela, as estatizações de Evo Morales na Bolívia? Então, ser de "esquerda" é repetir incansavelmente os erros do passado. É voltar as costas às "lições da história", menosprezar os fatos, agarrar-se a uma tábua de salvação, mesmo que podre.A questão que a história nos deixou não é a oposição Estado vs. mercado - como parece indicar, uma vez mais, a guinada de alguns países latino-americanos para o estatismo, sob governos ditos de "esquerda" -, mas como equilibrar Estado e mercado. Não há outra saída.A terceira via não passa de um fantasma.
ORLAND TAMBOSI - Doutor em Filosofia pela Unicamp
Marcadores: Política artigos
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