MORTALIDADE INFANTIL

Cerca de 2 milhões de bebês morrem nas primeiras 24 horas após o nascimento em países em desenvolvimento, apontou um relatório mundial sobre mortalidade materna e infantil divulgado ontem pela ONG Save the Children.

A ONG aponta ainda que meio milhão de mulheres morrem anualmente de complicações na gravidez ou durante o parto, devido à falta de cuidados pré e pós-natal. Um grande número de mulheres dá à luz sozinha em casa e sem ajuda qualificada.
"Na maior parte dos países em desenvolvimento, o nascimento de uma criança é uma dança com a morte tanto para a mãe quanto para o bebê, ainda que 70% dessas mortes poderiam ser evitadas", disse Anne Tinker, co-autora do relatório. "O segredo realmente é conhecimento."

erca de 4 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida a cada ano.

Dentro dos 78 países de renda baixa e média, a mais alta taxa de mortalidade de recém-nascidos é na,

LIBÉRIA: 65 mortes a cada mil nascimentos.

Nos 33 países desenvolvidos examinados pela ONG a taxa é baixa:

JAPÃO: 1,8 morte a cada mil nascimentos, seguido de República Tcheca, Finlândia, Islândia e Noruega.

EUA: 5 a cada mil nascimentos, mesmo patamar de Hungria e Polônia .

“Os EUA são o país mais rico do mundo, mas ainda há bolsões da população que não estão recebendo a assistência de saúde de que precisam.” – diz a consultora.
O relatório ressalta a importância de uma melhor educação e nutrição de mulheres grávidas e do aleitamento materno.

Práticas tradicionais e culturais também podem ser problemáticas -em alguns países, rituais como dar banho no bebê logo após o nascimento e deixá-lo secar no frio podem levar a uma mortalidade mais elevada.

"Em muitos países, o processo do parto, particularmente na Ásia, é considerado muito sujo", disse Tinker. "Temos de tentar adaptar a prática cultural ao que é mais seguro. No Nepal e em Bangladesh, propusemos limpar o bebê muito suavemente durante a primeira semana e apenas depois dar o banho." (FONTE: FSP)