quarta-feira, setembro 07, 2011

COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

Parabéns, Marô
Maria Olinda Rodrigues, professora, poeta e escritora, lançou seu tão aguardado livro: Catedral de Sant´Ana – Itapeva, confeccionado em papel cuchê, ilustrado com pinturas do artista-sacro de expressão internacional Claúdio Pastro. Além do público que lotou o auditório Haru Izumi, via-se o bispo diocesano, dom José, de bonezinho, magrinho, humilde, que homenageou a autora com discurso singelo e se retirou mais cedo; secretário de Cultura, Davidson Panis, que falou 45 minutos, para “lavar a roupa suja” dos imbróglios da Comissão do Condephaat local e limpar a sua “barra” com o malfadado affair do casarão dos Piedade; o presidente da Câmara Paulo de La Rua Tarancon, que foi curto e breve; a presidente do IHGGI, Zuleide Pereira, que puxou a brasa para sardinha do Instituto, além de outros menos cotados que deram o seu recado. Todos exaltando a importância histórica e cultural da obra da querida Marô.
Teve gente, porém, que estranhou a ausência de muitos “catolicões”, era para eles prestigiarem Maria Olinda, cuja obra enaltece não só a Igreja, como Itapeva. Mais estranho ainda foi não aparecer nem um padre, a padraiada escafedeu-se, nem era hora de missa, o maior pouco caso.  Os chamados carolas, que não perdem eventos da Igreja, também não deram as caras, talvez não quisessem gastar 35 reais para adquirir o livro (cuidado, Deus castiga católico pão-duro). Mas não faltou puxa-saco: o Davi não perdeu a oportunidade para justificar a ausência do prefeito Cavani, devido a “compromissos inadiáveis na Capital” (desculpa mais que esfarrapada). Mas valeu. Excelentes números musicais: Mariínha e quarteto vocal cantaram dois números da MPB, Alex, brilhando como sempre, executou ao violão valsa de sua autoria, “Trinar da Saudade” e Salete Lahoud e a filha no violão, arrasaram. Quem não adquiriu o livro, adquira-o, pois vale o preço pela qualidade da obra e pela arte e história que contém. Já adquiri o meu.
Entretanto, a despeito dos discursos emocionados para exaltar a realização das reformas da catedral e os cidadãos que contribuíram para isso, muitos foram esquecidos e injustiçados pela autora, por não terem o merecido reconhecimento nos discursos e no livro, pessoas que, inclusive, arrecadaram dinheiro para a reforma e pagar o trabalho do artista Cláudio Pastro: Mario Genovezzi (Marinho-Imóveis), o principal batalhador na arrecadação de recursos a fim de custear o artista Claudio Pastro (que foi tolerante com os constantes atrasos de pagamento), foi o Marinho, ainda, quem conseguiu, com a intercessão de Milton de Moura Müzel, entrar em contato com a diretoria da Votorantin e obter o apoio do empresário Fábio Ermírio e, assim, conseguir recursos por meio da “Lei Sarney”; Nicácio Silva e Antônio Belezia (Papelão) também tiveram participação de destaque no projeto, além do cônego Gorgonio (hoje bispo).
Confesso que ainda não li o livro todo, portanto, pode ser que no texto (fora dos agradecimentos) estejam alguns dos nomes acima citado, acredito que não. Seja como for, o importante é que a reforma da Catedral foi realizada e, agora, perenizada no livro bonito e bem feito em que a professora Maria Olinda deu o melhor de si. Parabéns para autora pelo belo trabalho e parabéns a todos nós pelo patrimônio preservado.
                                                                                                        Fênix
Para quem não sabe, Fênix é uma ave da mitologia grega que vive 1.000 anos até morrer queimada, numa pira funerária, para renascer das cinzas, morrer de novo e ressuscitar e, assim, indefinidamente. Então, quando um político (a) perde eleição e todo mundo acha que morreu (politicamente), eis que ele ressurge das cinzas da derrota. É uma parábola para as vitorias de Lincoln, seis vezes candidato à presidência do EUA, Maluf, eleito após cinco tentativas, Lula (após três) etc. Aqui na província, a Fênix é Terezinha de Jesus, quando parecia morta (na política), eis que ela ressurge como diretora do Drads, cargo que em suas mãos, pode ressuscitá-la politicamente, pois competência para fazer a instituição crescer e aparecer ela tem de sobra. Ela confessa que não gosta de ficar em casa fazendo tricô, cozinhando, nem paparicando o Paulão, portanto, ela pode retornar à berlinda e fazer o que mais gosta de fazer: política. Dinheiro pra bancar a “ressurreição” ela tem sobrando. Aguardemos.
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