COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

                                                            Intenções

            Com a aproximação da data de encerramento das filiações partidárias, a corrida para trazer para os seus partidos nomes de “peso” eleitoral e financeiro, com vista ao cargo majoritário, se intensificou entre as lideranças políticas locais. E os boatos de filiações “espetaculares” correm à boca pequena, os mais citados são aqueles que têm grana sobrando. Nesse quesito grana, os médicos são imbatíveis, tidos e havidos como os marajás da sociedade, três deles estão sendo assediados dia e noite por presidentes de partidos; em seguida, vêm os empresários “bem-sucedidos” (os do petróleo, desta vez, estão fora), sempre há a expectativa de que o empresário será um bom prefeito, o que a vida tem demonstrado que não é verdade. Estranhamente, engenheiros e ruralistas não estão sendo sondados, será porque estão “quebrados” ou porque não se misturam?

Depois dos tubarões, vem arraia miúda, os peixinhos, políticos com mandato e sem dinheiro: dois vereadores constam dessa lista misericordiosa: Roberto Comeron (PMDB) e Paulinho de la Rua (PSDB), ambos recém-filiados com vistas ao cargo majoritário, todavia, nenhum dos dois têm sequer um gato pra puxar pelo rabo. Vivem de salário e precisam do emprego. Então por que estão na lista? Porque esperam que uma alma caridosa desembolse uns 500 mil reais para financiar a campanha deles!!

O Comeron, segundo consta, está na fiúza de que o Juninho (nouveaux riches de Itapeva) entre com apoio e a grana, pode ser; mas e o Paulinho? Espera que o pródigo doutor Luiz, meta a mão no bolso para ajudá-lo, ou ele está contando com a “máquina da prefeitura”? Dessa fruta que os dois vereadores querem, eu como até o caroço.

Não adianta ter ilusões, sem dinheiro não se faz campanha eleitoral, pois simpatia, popularidade e carisma são quesitos importantes em eleição, o povo gosta e aplaude desde que tenha grana na jogada. Porque o povo sabe que uma vez eleito, o prefeito vai cuidar de se arrumar na vida, ficar rico, só depois ele vai pensar no povo.

            Nenhum partido pode dizer, este é o nosso candidato, porque esse cara ainda não apareceu, existe muita especulação, mas todos estão escondendo o leite. Até porque não é bom expor o virtual candidato, pode “queimá-lo” logo de saída. Aguardemos, pois.

                                                           MDB, bola da vez?

            O PMDB anda muito metido ultimamente, trocou de direção, diz que vai filiar gente “grossa”, que desta vez vai ter candidato a prefeito, e dos bons. Pelo jeito, não é o Comeron, talvez o próprio Juninho da Mineração, “o inefável”, que “jura” que não.

            Mas tenho uma sugestão supimpa. Em vez de quebrar a cabeça com gente entojada, uns ricos e metidos, outros, pobres e ainda mais metidos, por que o Jeferson, presidente do partido, não deixa de ser modesto e convida logo o doutor Francisco Monteiro para ser candidato? Ele está pronto; peemedebista histórico, 10 anos vereador, tem dinheiro para bancar umas oito campanhas, é o melhor orador da região, voz timbrada, postura de líder, a mulherada se descabela ao vê-lo (segundo enquete, ele tem 75,87% do eleitorado feminino, deixa o Paulinho e o Armandinho na poeira). Como o mais notável desambicioso de Itapeva, ele vai se dedicar por inteiro à Prefeitura, não vai perder tempo com maracutaias para ganhar dinheiro, já o tem de sobra. Aleluia.

            Para vice na chapa, ninguém melhor que Áurea Rosa (PTB), ela e o Monteiro se dão bem e ninguém precisa se preocupar com sexo, o sexo na política banalizou-se, as mulheres estão em alta no poder político. Chega de preconceito.

            Mas atenção. O Monteiro pode alegar que anda meio malecho de saúde, mas é fita, já sarou. Bom lembrar que grandes homens da história tinham a saúde abalada: Roosevelt, Stalin, Nehru, Kennedy, Machado de Assis, Dostoievsky, Chopin, João Paulo II e tantos outros. Quem conhece a história do cientista tetraplégico americano, Stephen Hawking, vai entender o que estou dizendo. Arriba, Monterão.

            Tenho até o mote da campanha: “Ricão em Ação, pra ajudar o povão”. Que tal?