sexta-feira, julho 15, 2011

MENSALÃO 2

Transportes dava a Waldemar comando paralelo na base

15/07/2011 - 15:11 (Ricardo Noblat)
Blog de João Bosco Rabello
No processo de intervenção no ministério dos Transportes, uma informação ficou perdida com o governo, que a guardou como trunfo para justificar a determinação presidencial de isolar o deputado Waldemar da Costa Neto (PR-SP).
Somada a bancada do PR na Câmara e parlamentares de outros partidos, Costa Neto exerce sua liderança sobre cerca de 70 deputados, formando um comando paralelo dentro da base aliada.
Servia-se do ministério dos Transportes como fonte para manter sob controle quase todo esse efetivo político.
Empreiteiras e fornecedores do ministério financiavam campanhas sob a promessa de titularidade de obras futuras que o ministério lhes garantia sob o comando de Waldemar.
Daí os aditivos contratuais e superfaturamentos, que ressarcem fornecedores e geram sobras para manter a fidelidade da tropa com mandato.
Na verdade, o governo identificou um sistema similar ao mensalão, com parlamentares trocando submissão por vantagens.
Evitou dar essa proporção ao escândalo porque ele coincidiu com a confirmação da existência do mensalão do PT no governo Lula pelo Procurador-Geral, Roberto Gurgel. A palavrinha se tornou proibida.
Ou seja, por essa versão, Waldemar Costa Neto continuou mensaleiro, agora com seu esquema próprio, ele que já renunciara ao mandato no governo Lula para escapar à cassação durante a CPI do mensalão.
Os números soaram como alarme no Planalto: da bancada do PR só estariam fora do esquema Waldemar os deputados Sandro Mabel (GO), Diego Andrade (MG) e Jaime Martins (MG).
Com apenas seis senadores, a propriedade da legenda por parte de Waldemar Costa Neto deixa de ser uma tese para virar realidade. Ele, de fato, é dono do partido.
O que deflagrou um movimento silencioso pela fundação de uma nova legenda com origem no Senado. Seu principal entusiasta, o senador Clésio Andrade, que sonha com o Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN).
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