quinta-feira, julho 07, 2011

COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA

Cavani e Chimitão
 
            Para quem gosta de comparações, tem duas muito interessantes: a do saudoso ex-prefeito Jorge Assumpção Schimidt (Chimitão) com o atual prefeito Luiz Cavani (Pavãozão), ambos sacudidos tocadores de obras. Por quê? Porque além de trabalhador Chimitão tinha em comum com Luiz Cavani não gostar de pobre nem de dar trela para vereador e secretário, também o bom-humor não era o seu forte. O Chimitão sem dúvida foi o prefeito que mais realizou obras, obras importantes para o município, cuja relação ocuparia todo este espaço, até agora ninguém bateu a sua marca em torno de 70 realizações em quatro anos de governo. Era excelente administrador, mas péssimo político. Candidato a deputado pelo PMDB teve 45.500 votos e quase se elegeu, ainda no “manda-brasa” ajudou a eleger o genro Guilherme Brugnaro, mas a partir daí só amargou derrotas, não conseguindo eleger nem a filha Marina vereadora. Os dois feitos eleitorais bem-sucedidos, porém, atribuiu-se à época mais ao prestígio do PMDB.  

            Até hoje os que se lembram do Chimitão como prefeito o elogiam, mas na época ninguém o queria de volta à política, morreu no ostracismo. Foi um grande prefeito.

            Segundo se ouve por aí o prefeito Cavani também é bom administrador, mas péssimo político, o seu candidato à sucessão corre o risco de ficar chupando o dedo.

                                                           Gente nova no pedaço

            Faz alguns meses que o nome do meu vizinho, José Reinaldo Martins Fontes Jr. Juninho da Bauma, empresário dos minérios, frequenta a fofoca das calçadas suscitando comentários sobre que papel ele vai desempenhar na política itapevense, se candidato a prefeito ou de aglutinador de partidos para fins ainda obscuros. Fonte fidedigna diz que ele já tem na algibeira seis vereadores: dois do PTB, dois do PSD e dois do PMDB e já aguarda o PV, além de outros partidinhos de aluguel. Comprou a Rádio Comunitária local e outras tantas pela região e estaria, dizem as sibilas, em negociação com a ex-deputada Terezinha de Jesus para comprar (ou arrendar) a Rádio AM/FM Cristal. Na aritmética eleitoral do vereador Roberto Comeron, tocador de trombeta do Juninho, ano que vem o candidato a prefeito do grupão milionário pode ganhar de “lavada” e eleger a maioria na Câmara. Isso me fez lembrar a campanha de 1988, quando o ex-prefeito Toninho Cavani, numa reunião política no Sindicato Rural, exclamou empolgadíssimo: “Com este grupão, gente, nóis elege até um poste”. E elegeram mesmo.

            Para reforçar a magnitude do grupão que se esboça fortemente, o Juninho conta, ainda, com o apoio irreprochável do irmão do ex-prefeito Wilmar Mattos (ex-milionário do petróleo), Waldemar, o famoso Véio, espécie de fomentador político-empresarial, que atua na Capital onde, segundo se comenta, entabula negócios do empresário. O deputado Campos Machado (PTB) seria a pedra angular desses negócios. Maravilha!

            Descortina-se, assim, a expectativa alvissareira de se ter um nome novo no cenário político local, o Juninho é um empresário bem-sucedido, sem mácula, pai de família exemplar, integrante do Conselho da Igreja Presbiteriana, benquisto na sociedade, bem-humorado, inteligente, filantropo, adora pobre, despojado de vaidade, corretíssimo nos negócios, fala bem, tem níveis de colesterol e triglicérides normais etc.

            Contudo, a quem perguntar o Juninho responde com voz cochichada que não é candidato a prefeito nem nada! Quem acredita nisso, levante a mão. Se não é ele, então para quem ele está arrumando a cama com lençol de linho, colcha de seda e tudo? Aí está o perigo, de repente o seu grupo indica um candidato medíocre como tantos por aí. Os sacripantas, porém, atribuem essa sua negativa ao cuidado dos virtuais candidatos a cargos executivos de evitar que seu nome seja “queimado” antecipadamente, porque durante a campanha é normal aparecerem denúncias as mais cabeludas, nem sempre verdadeiras, mas bem boladas, e tudo aquilo que, até então, o candidato ocultava sob o mais rigoroso sigilo, vem à tona em cores e tela ampla. Mas isso não deve assustar o Juninho da Bauma com a ficha que ele tem, concordam? Mas vamos aguardar o desfecho desse seu esforço político, pois se sabe que as tratativas eleitorais, às vésperas de campanha, muita gente muda de lado e de opinião. Oremos.

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