COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA
Cadê a oposição?
Dinheiro sobrando
Cadê a oposição?
Virou mania da “oposição” itapevense dormir despreocupada com política até a véspera das eleições, e quando faltam uns seis meses para o pleito os mais arrojados saem atrás dos amigos que não partilham o uísque com o prefeito para organizar um “grupo” que faça frente ao nesta altura já definido candidato do alcaide.
Essa mania se estabeleceu porque nas últimas eleições municipais, a oposição era garantida pela filha de dona Paulina, Terezinha de Jesus, que tinha grupo formado, era só tocar a trombeta e, pronto, estava formada a oposição. Agora tudo faz supor que a ex-deputada não mais se candidatará, pelo menos, é o que se comenta pelas calçadas.
Portanto, a sucessão municipal, aqui em Pedra Chata, pela primeira vez em tantos anos não vai ter “figurão carimbado” na disputa, pois se foram os caciques e coronéis e seus filhotes ainda não estão preparados para “entrar na liça”. Portanto, a oposição vai ter de começar da estaca zero, com nomes novos, quem sabe se até surge entre esses algum idealista (duvido) que, de fato, queira trabalhar sério e honestamente pelo município sem a intenção de enriquecer, metendo a mão no suado dinheiro dos contribuintes. Um novo nome vai alimentar a expectativa (ou ilusão) de mudança no estilo administrativo vigente, dando mais transparência e lisura no trato com o dinheiro público, chega de gestor à moda antiga em que ninguém sabe o que entra e o que sai dos cofres municipais, que não prestam conta do dinheiro das emendas parlamentares, convênios etc. fica tudo na base da confiança, como se isso fosse suficiente. Será que Itapeva vai ter sorte de eleger alguém honesto, que não use a prefeitura para ficar rico? Acho improvável, porque é tão fácil desviar dinheiro da prefeitura que se torna difícil para um reles mortal resistir à tentação. Existe ou existiu algum prefeito honesto?
Alguns nomes, no entanto, já alimentam a boataria da sucessão, são aqueles que ainda não têm “batismo de fogo”, nunca foram filiados a partido, nem lugar definido no espectro político, por isso, se colocam à disposição tanto como candidato da oposição como da situação, neste caso, dispostos a “fechar os olhos” para eventuais maracutaias da administração que se finda, num deslavado oportunismo. E oportunismo rima com continuísmo, quer dizer, se ocorreram abusos e desvios de recursos na administração que se finda tudo será transferido para o “aliado” da administração seguinte com os acobertamentos tão nossos conhecidos de eleições anteriores. Deve-se tomar muito cuidado, também, com os oportunistas, candidatos sem chances eleitorais, que surgem, de repente, a fim de tirar proveito pessoal, que, para isso, ameaçam tumultuar acordos políticos, tentam vender sua “candidatura” em favor de determinado candidato etc.
Fonte ligada à Administração Municipal afirma que as gavetas do Xixo na Secretaria de Obras estão abarrotadas de projetos para a cidade, prontinhos, assinados e conveniados, só aguardando o sinal do prefeito para serem concretizados. Diz, ainda, que isso só vai acontecer no próximo ano, ano eleitoral e o último do prefeito Cavani, que quer deixar sua marca registrada como “tocador de obras” e “o que mais realizou na prefeitura”. Vamos ver se ele bate a marca do Chimitão com cerca de 70 obras realizadas, algumas de grande importância social. Mas a outra face dessa moeda é que ele quer eleger seu sucessor e acredita que um punhadão de obras vai ajudar bastante. O seu futuro político depende disso, então, vai ser uma loucura de realizações espalhadas pela cidade, espera-se, entretanto, que não se faça besteiras no afogadilho da cronologia eleitoral com obras inacabadas, malfeitas, construídas “à toque de caixa”, como no governo Lula, a fim de somente surtir efeito nas urnas. Também não vale espalhar placas em canteiros de obras só para “inglês ver”, pois esse filme já assistimos a eleição passada. São sonhos de um itapevense bissexto, que não acredita mais no blá-blá-blá dos políticos brasileiros, muito menos nos de Itapeva. Ajoelhemos e oremos.
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