quinta-feira, novembro 18, 2010

Aliança sem pudor

Brasil S.A - Antônio Machado
Correio Braziliense - 18/11/2010
 
Falseta do PMDB mostra que coalizão sem compromisso com programas vira balcão de negócios
A falseta do PMDB ao anunciar um bloco de partidos da base aliada para contestar a primazia do PT na partilha de cargos no governo foi outro flagrante de que coalizão descompromissada com programas leva apenas ao que se vê: um balcão de negócios sem pudores.

Não importa que o chamado “blocão” liderado pelo PMDB seria menor que o anunciado, com o desmentido do PP de que se associara ao PR, PTB e PSC para formar, sob as asas dos peemedebistas, uma bancada de 202 deputados, contra 88 do PT, num total de 513 parlamentares.


O recado foi dado: sem o PMDB e os partidos fisiológicos em geral — ou seja, todos — o futuro governo de Dilma Rousseff não governa.


No governo Lula também não há projeto a imantar sua coligação, só a divisão do poder, na prática, para vetar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) — motivo real da tal “governabilidade” que inspira o que não passa de um arremedo de coalizão, já que sem princípios.
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Comentário: a democracia é o melhor regime, o que dá mais resultado, justamente porque é o único que adota o tripé da  boa administração: PLANEJAMENTO - EXECUÇÃO - CONTROLE/FISCALIZAÇÃO.   Daí porque, no Brasil, as coalizões são um chute no saco da democracia, vale dizer, da boa gestão.  Como se vê, a FISCALIZAÇÃO é a primeira vítima, e a porteira, então, fica escancarada para o livre corcoveio dos espertalhões...  A segunda vítima é o PLANEJAMENTO, que o Legislativo submisso delega ao hipertrofiado Executivo.
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