O Estado de S. Paulo |
Vem aí um orçamento eleitoral |
Editorial |
Depois de negociar longamente, a oposição conseguiu eliminar alguns dos principais defeitos do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas o texto aprovado continua fiel, em pontos importantes, à preocupação eleitoral do governo. Destinada a servir de base à proposta do Orçamento federal para 2010, a LDO garante suficiente espaço para o aumento de gastos no próximo ano. Pode-se esperar, portanto, a repetição da estratégia adotada com êxito em 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato à reeleição. Discursando no Espírito Santo, nesta mesma semana, ele prometeu eleger sua sucessora - ou sucessor, emendou logo em seguida. A política orçamentária vem sendo orientada claramente para essa finalidade. A oposição conseguiu negociar dois limites à gastança pretendida pelo governo. Investimentos novos ficarão paralisados enquanto o Orçamento-Geral da União não estiver em vigor. Idealmente o Congresso deve aprovar o projeto antes de iniciar o recesso de dezembro, mas isso nem sempre ocorre. Quando há atraso, o governo pode legalmente desembolsar dinheiro para um número restrito de pagamentos, como salários e juros. Mas o Executivo sempre tenta obter autorização também para investir mesmo. MAIS |
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