domingo, dezembro 14, 2008

CRIACIONISMO NA ESCOLA

"Levar o criacionismo para as aulas de ciências misturado aos conceitos da teoria evolucionista é uma distorção.

Não dá para confundir as lógicas. O campo da ciência não é o da salvação, nem o da iluminação, nem o do ser infalível. Ele tem uma marca: é produzido por seres humanos, num acúmulo de conhecimento histórico, e não de forma dogmática, de uma vez para sempre, fruto da revelação. Somos falíveis e mortais. Ao ensinar ciências, os professores podem inclusive dizer às crianças: "Isto é fruto da construção humana, e você pode ser parte dessa construção". Assim se desenvolve nos alunos a possibilidade de questionar, e uma boa dúvida é a pérola do mundo científico.
Se, do ponto de vista religioso, existe alguém infalível, isso é para as pessoas que acreditam. Quem acreditar será respeitado por isso, mas não se pode querer que todo o mundo esteja dentro dessa lógica.

Ninguém, enfim, ganha misturando as duas frentes porque os cientistas podem pensar que são deuses, e quem fala de Deus pode pensar que é cientista." (Professora Roseli Fischmann, no Estadão)

Leia a entrevista no blog do professor Roberto Romano.

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