sexta-feira, julho 18, 2008

Planejar, o verbo do marketing eleitoral
Por Alberto Carlos de Almeida, Valor Econômico

Começou a temporada eleitoral. Foi dada a largada para o surgimento de mágicos de todos os tipos. Seremos brindados com toda sorte de argumentos ad hoc para os resultados eleitorais. Será esquecido algo que importa - e muito - em qualquer embate eleitoral: o planejamento.

A primeira pergunta é: o que é marketing? Marketing se resume a propaganda e publicidade? Certamente que não. O marketing é uma ciência que busca compreender como se conquista mercado. Em eleição, isso é sinônimo de conquistar votos. E os votos não são conquistados apenas no período eleitoral, mas antes dele.

Um dos elementos mais importantes - senão o mais relevante - é a avaliação do governo. Quando se fala em planejamento de marketing e se combina isso com avaliação de governo, apenas se está dizendo que o decorrer de um governo é a própria campanha eleitoral. Um governo que permanentemente tenha uma avaliação muito favorável tende a se sair vitorioso em uma eleição. O oposto é igualmente verdadeiro. Um governo que tenha uma avaliação muito ruim tenderá a ser derrotado quando as eleições chegarem. Não há marketing eleitoral que altere essa regra.

Tomemos a eleição de 2000. O então prefeito de São Paulo, Celso Pitta, tinha apenas 11% na soma de ótimo e bom. Resultado: nem sequer teve condições de ser candidato. Outro resultado importante: o partido que o eleitorado vinha sucessivamente reconhecendo como de oposição venceu. O PT elegeu Marta prefeita de São Paulo. Recorde-se que Maluf havia sido derrotado pelo PT em 1988 com a vitória de Luiza Erundina. Isso colocava tanto o PT quanto Maluf como as principais forças eleitorais do município. Quando um vai mal, vota-se no outro. Quando o outro vai mal, vota-se no um.
MAIS
Google
online
Google