Pelos motivos errados
Otávio Cabral, Veja
Temporão sofre processo de fritura dos próprios aliados
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi informado de que seu emprego está ameaçado. Ele criou zonas de desconforto ao defender a restrição da propaganda de bebidas alcoólicas e de comidas gordurosas.
Temporão sofre processo de fritura dos próprios aliados
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi informado de que seu emprego está ameaçado. Ele criou zonas de desconforto ao defender a restrição da propaganda de bebidas alcoólicas e de comidas gordurosas.
Temporão também é a favor da legalização do aborto e da volta da CPMF, o imposto do cheque. Em sua gestão, explodiram os casos de dengue no Brasil e a febre amarela, que parecia controlada, voltou a assustar. Se o presidente Lula decidisse demitir o ministro, não faltariam, portanto, justificativas mais do que razoáveis para isso. O problema é que Temporão está na linha de tiro pelos motivos errados.
O PMDB, seu partido e principal cozinheiro no processo de fritura, quer a sua saída por razões bem mais palpáveis – ou polpudas, melhor dizendo. Desde que assumiu o ministério, em março de 2007, Temporão se recusa a nomear apadrinhados para cargos técnicos e dificulta a liberação de emendas de parlamentares aliados. O comportamento do ministro chega ao ponto de nem mesmo receber os deputados e senadores que lhe solicitam audiência. A cúpula do PMDB já foi ao Palácio do Planalto avisar que Temporão não é mais considerado da cota do partido. Em Brasília, isso normalmente funciona como uma espécie de aviso prévio. MAIS
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