O dia do amor
Demétrio Magnoli, no Estadão
Demétrio Magnoli, no Estadão
Hoje, Dia dos Namorados, é nos EUA o Loving Day. Loving é o sugestivo sobrenome do branco Richard, que se casou em 1958 com a negra Mildred Jeter, ambos do Estado de Virgínia.
Eles se casaram no Distrito de Colúmbia, pois a Virgínia proibia uniões inter-raciais, mas cometeram a imprudência de continuar a residir no Condado de Caroline. Um tribunal os condenou a um ano de prisão, com suspensão da sentença condicional à transferência do casal para outro Estado. Richard e Mildred se mudaram e deflagraram uma batalha judicial que chegou à Corte Suprema.
No 12 de junho de 1967, a Corte deu ganho de causa aos Lovings. O veredicto saiu três anos depois da Lei dos Direitos Civis, concluiu uma longa trajetória de apelos judiciais contra as leis antimiscigenação iniciada em 1883 e derrubou os pilares remanescentes da segregação legal de raças. Aquele marco histórico é celebrado em cidades americanas por meio de um modesto projeto cívico de exaltação da tolerância e da igualdade. Mas a comemoração não tem o apoio dos arautos de ações afirmativas de raça nem o patrocínio milionário da Fundação Ford: a história dos Lovings não serve ao propósito de dividir a sociedade em grupos que se definem pelo sangue. LEIA MAIS
No 12 de junho de 1967, a Corte deu ganho de causa aos Lovings. O veredicto saiu três anos depois da Lei dos Direitos Civis, concluiu uma longa trajetória de apelos judiciais contra as leis antimiscigenação iniciada em 1883 e derrubou os pilares remanescentes da segregação legal de raças. Aquele marco histórico é celebrado em cidades americanas por meio de um modesto projeto cívico de exaltação da tolerância e da igualdade. Mas a comemoração não tem o apoio dos arautos de ações afirmativas de raça nem o patrocínio milionário da Fundação Ford: a história dos Lovings não serve ao propósito de dividir a sociedade em grupos que se definem pelo sangue. LEIA MAIS
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