O continuísmo
José de Souza Martins, O Estado de S. Paulo
Nosso passado político fica nu diante de um terceiro mandato para Lula ou mandato-tampão que o beneficie em 2014
Nosso passado político fica nu diante de um terceiro mandato para Lula ou mandato-tampão que o beneficie em 2014
A nova ofensiva continuísta do governo Lula nos põe diante das dificuldades para interrogar os fatores do que parece arraigado vício anti-republicano do republicanismo brasileiro.
Durante a República Velha (1889-1930), o que era na prática um regime de partido único, o Partido Republicano impôs ao País uma certa ditadura, em que o continuísmo não estava na permanência de um presidente no poder, mas na permanência de um partido que governava restringindo a liberdade política dos dissidentes. O caráter ditatorial desse padrão ficou claro nos vários mandatos presidenciais da ditadura militar de 1964 a 1985 e já no longo governo Vargas, seccionado em três mandatos.
Foram raros os períodos em que os presidentes representaram, de fato, uma alternância de poder.
Foram raros os períodos em que os presidentes representaram, de fato, uma alternância de poder.
Dos 118 anos da nossa história republicana, em 77 estivemos sob diferentes modalidades do que poderíamos chamar de ditaduras partidárias ou institucionais.
Rigorosamente, foram pouquíssimos os presidentes eleitos que representaram substantiva alternância de poder. LEIA MAIS
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