O programa do álcool e os ambientalistas [e o argumento furado da competição com a comida]
José Goldemberg, O Estado de S. Paulo
O álcool é um bom substituto da gasolina: não tem impurezas de enxofre e emite menos dióxido de carbono - o principal dos gases responsáveis pelo "efeito estufa" e pelas mudanças climáticas - do que a gasolina. O que se esperaria, portanto, seria um apoio entusiástico dos ambientalistas a estes programas tanto na Europa como nos Estados Unidos. Não é o que está acontecendo e não deixa de ser interessante analisar quais as objeções que são levantadas por eles.
A primeira delas é que a produção das grandes quantidades de álcool, necessárias na Europa e nos Estados Unidos, criará um conflito entre a produção de combustível e a produção de alimentos, o que resultará no aumento dos preços dos alimentos e prejudicará os mais pobres, aumentando a fome no mundo. Entre outros, este argumento foi articulado por A. Ziegler, da Suíça, relator de um documento preparado para a Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas em 2007.
Sucede que os argumentos de Ziegler são incorretos: não existe falta de alimentos no mundo, mas problemas de distribuição, e a fração da população mundial que é desnutrida - cerca de 800 milhões de pessoas - não será atendida enquanto a renda não for melhor distribuída no mundo. LEIA MAIS
O álcool é um bom substituto da gasolina: não tem impurezas de enxofre e emite menos dióxido de carbono - o principal dos gases responsáveis pelo "efeito estufa" e pelas mudanças climáticas - do que a gasolina. O que se esperaria, portanto, seria um apoio entusiástico dos ambientalistas a estes programas tanto na Europa como nos Estados Unidos. Não é o que está acontecendo e não deixa de ser interessante analisar quais as objeções que são levantadas por eles.
A primeira delas é que a produção das grandes quantidades de álcool, necessárias na Europa e nos Estados Unidos, criará um conflito entre a produção de combustível e a produção de alimentos, o que resultará no aumento dos preços dos alimentos e prejudicará os mais pobres, aumentando a fome no mundo. Entre outros, este argumento foi articulado por A. Ziegler, da Suíça, relator de um documento preparado para a Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas em 2007.
Sucede que os argumentos de Ziegler são incorretos: não existe falta de alimentos no mundo, mas problemas de distribuição, e a fração da população mundial que é desnutrida - cerca de 800 milhões de pessoas - não será atendida enquanto a renda não for melhor distribuída no mundo. LEIA MAIS
Marcadores: Meio ambiente, pobreza
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