quarta-feira, janeiro 16, 2008

O truque dos cartões no país da Super-Receita: saque em dinheiro...
Correio Braziliense
O uso perdulário dos cartões corporativos de crédito por parte de integrantes do primeiro escalão do governo federal - superando a cada ano o recorde anterior - não é, em si, novidade

O uso perdulário dos cartões corporativos de crédito por parte de integrantes do primeiro escalão do governo federal — superando a cada ano o recorde anterior — não é, em si, novidade. Isso, porém, não o torna menos condenável. Um hábito — sobretudo quando é mau — não se legitima pela constância. Muito pelo contrário. Pior quando expressa distorção deliberada de algo concebido com sentido construtivo. É o caso.

O uso dos cartões corporativos, no âmbito do primeiro escalão governamental, teve início no governo Fernando Henrique Cardoso. O objetivo era estabelecer controle e dar transparência aos gastos, já que os cartões registram hora e natureza das despesas. Desburocratizava-se assim a prestação de contas, tornando-a mais precisa e menos sujeita a manipulações. Agilizava-se ao mesmo tempo o processo administrativo. O extrato mensal dos cartões detalha as despesas do usuário, o que o torna bem mais confiável que a clássica prestação de contas dos relatórios burocráticos.

Eis, porém, que esse objetivo saneador e simplificador foi malversado por um truque engenhoso que se disseminou em grau epidêmico no governo Lula: o saque em dinheiro por meio do cartão, impedindo que se saiba a natureza das despesas. MAIS
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