quarta-feira, janeiro 16, 2008

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1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

JC e-mail 3430, de 15 de Janeiro de 2008.

Universidade protesta contra visita do Papa

Professores em Roma condenam presença de Bento XVI por Pontífice ter citado filósofo que apoiou condenação de Galileu

Professores da mais prestigiada universidade de Roma divulgaram ontem um protesto contra uma visita que o Papa Bento XVI fará à instituição quinta-feira.

Sessenta e sete mestres da Universidade La Sapienza argumentam, em texto divulgado ontem, que o Pontífice é “reacionário” e “obscurantista” em assuntos científicos, citando um discurso de 1990 no qual o então cardeal Joseph Ratzinger proferiu argumentos desfavoráveis a Galileu Galilei, considerado o pai da ciência moderna.

Todo o Departamento de Física da universidade assina a nota, que também conquistou apoio de professores de outras áreas. Apesar de não terem participado da confecção do documento, nem terem assinado a carta, vários centros estudantis apoiaram o pedido e declararam o início de uma “semana da laicidade” na universidade.

“Trata-se de um evento incoerente e que não está alinhado com a laicidade da ciência”, diz o documento, que lembra um discurso no qual Ratzinger cita o filósofo Feyerabend quando este diz que “o veredicto contra Galileu foi racional e justo”.

Rádio Vaticano reclama do ‘tom de censura’

Para os professores, “estas são palavras que, como cientistas fiéis à razão e como docentes que dedicam a vida à difusão do conhecimento, nos ofendem e humilham”.

O reitor da universidade, Renato Guarini, afirmou ontem que o Papa foi convidado para a La Sapienza como uma “mensageiro da paz”. Ele confirmou o convite e acrescentou que Bento XVI não lecionará a aula inaugural, só fará um discurso após o ato.

Ele frisou que a universidade conta com 4.500 professores.

A Rádio Vaticano condenou o “tom de censura” da iniciativa e recordou que La Sapienza foi fundada em 1303 por um Papa, Bonifácio VIII.

No discurso citado pelos professores, proferido na Universidade de Parma, em 15 de maio de 1990, o então cardeal Ratzinger afirmou que “o clima intelectual” estava mudando, e que o “caso Galileu” mostrava isso.

Citando os filósofos contemporâneos Ernst Bloch e Paul Feyerabend, disse que o heliocentrismo (teoria que põe o Sol no centro do Sistema Solar) de Galileu foi “cancelado pela Teoria da Relatividade”, uma vez que todo movimento seria relativo a outros objetos. Dessa forma, a única vantagem do heliocentrismo em relação ao geocentrismo (a Terra no centro) seria a “facilidade de se fazer cálculos”.

Seguindo essa linha de raciocínio (de Bloch), ele cita Feyerabend e diz que “a Igreja daquele tempo era muito mais fiel à razão do que Galileu (...) Seu veredicto contra Galileu foi racional e justo, e o revisionismo pode ser legitimado apenas por motivos de oportunismo político”.

As afirmações utilizadas pelo então cardeal não se sustentam em termos científicos. A teoria da relatividade de Albert Einstein não nega o heliocentrismo. Grosso modo, ela, pelo contrário, ajusta para grandes massas as limitações da lei da gravitação universal, de Isaac Newton. É a atração gravitacional exercida pelo Sol sobre os planetas que conforma o Sistema Solar, com a estrela em seu centro.
(O Globo, 15/1)

Pois bem, chamar alguém de papa de alguma coisa deveria ser considerado uma ofensa tendo-se em vista as declarações idiotas do dito cujo.

8:35 AM  

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