segunda-feira, janeiro 21, 2008

NEM DITADURA DE ESQUERDA, NEM DE DIREITA. VIVA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA!

O Estado de S. Paulo
Irmãos gêmeos
Denis Lerrer Rosenfield

Imaginem a seguinte cena: Lula, embevecido, fotografando Pinochet. O ditador, sorridente, apreciando aquela atitude de um amigo de longa data, que o faz retratar, para a história, em diferentes perspectivas. O fotógrafo-presidente, transbordando de emoção, chega a afirmar que "ele está pronto para assumir o papel que tem (no Chile) e na história".
Qual seria o seu papel? Certamente seria o de um ditador sanguinário que não mediu meios para exercer o seu poder e eliminar as diferentes formas de oposição. Suas ações constituíram um flagrante desrespeito aos direitos humanos, entendidos universalmente, e não particular e setorialmente, como é o caso hoje no Brasil. O seu papel seria também o de ter montado um governo imune às vicissitudes democráticas e ávido, hoje se sabe, de seu próprio enriquecimento, a expensas dos recursos públicos.

A cena, que pode parecer inverossímil, é, no entanto, extremamente veraz.
A troca de personagens, Fidel por Pinochet, mostra apenas a afinidade entre dois ditadores. LEIA MAIS
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