PLANTIO DIRETO
Blog do Luis Nassif
Há duas revoluções em curso na agricultura brasileira, pouco notadas, mas que ajudaram o agronegócio a chegar onde chegou e permitirá, nos próximos anos, saltos maiores dentro do conceito de auto-sustentabilidade. Uma das revoluções foi o Plantio Direto, que acabou com as queimadas na agricultura e permitiu o primeiro grande salto tecnológico nas formas de cultivo – paralelamente aos avanços da Embrapa.
Como explica o leitor Adauto, o plantio direto permite menor revolvimento do solo pela não utilização de arado ou grades contribuindo para menor erosão e menor compactação do solo. Desta forma, a palha de uma safra se acumula atrás da outra, melhorando as condições físicas e orgânicas, favorecendo a absorção de água e o aprofundamento das raízes. Nas lavouras tradicionais, como soja e milho, diz ele, não se usa há muitos anos a queimada.
O arado foi importada da Europa, onde era obrigatório devido ao inverno rigoroso. Havia a necessidade de inverter as camadas do solo para que houvesse aquecimento mais rápido.
O Brasil acabou importando um modelo que não era adequado para um país tropical. LEIA MAIS
Além do mais, Plantio Direto acaba com a erosão do solo. Esta tecnologia é bastante usada aqui em Itapeva, especialmente pelas bandas da Lagoa Grande. Um dos pioneiros foi o agricultor Nelson Schreiner, que na década de 1980 trouxe agricultores do Paraná para darem palestras sobre a novidade.
Ah, já que falamos em erosão do solo, hoje em dia, quem continua provocando muita erosão (que assoreia os rios, o Pilão D´Água) é a prefeitura, que continua raspando as estradas rurais do mesmo modo que fazia antigamente (ignorando as novas técnicas).
Raspa, põe pedra, e a chuva leva ... raspa, põe pedra, e a chuva leva... E de improviso em improviso, vai afundando a estrada, até chegar no lençol freático...
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