terça-feira, setembro 25, 2007

O preocupante produto potencial
Antonio Delfim Neto, Valor Econômico

Não é preciso ser um economista para saber que o nível de investimento anual (público mais privado), é fundamental para determinar a capacidade produtiva da sociedade.
Num determinado período de tempo, digamos um ano, o estoque de capital humano que ela dispõe (sua força de trabalho que incorpora sua educação e higidez) manipulando o seu estoque de capital (com a tecnologia nele incorporada e o nível de qualidade da infra-estrutura), produz um dado volume de bens e serviços a que chamamos de Produto Interno Bruto (PIB).
Nesse processo consomem-se tanto a energia da "força de trabalho", que é recuperada pela ingestão de parte dos alimentos produzidos, como o capital físico, cuja depreciação deve ser reposta.

É uma questão óbvia que o avanço do PIB depende:
1) do aumento da quantidade e qualidade dos fatores de produção disponíveis, isto é, do seu capital humano e do seu capital físico; e
2) da forma pela qual eles se combinam, ou seja, de como o capital humano manipula o capital físico para produzir o PIB.

O que se chama de desenvolvimento econômico é apenas o codinome da relação PIB/força de trabalho, ou PIB/população, que "mede" a "produtividade" do trabalho.
Empiricamente, há uma relação positiva entre o capital físico por unidade de trabalhador e a produtividade do trabalho. Essa relação sugere que, para o PIB crescer, é preciso que o novo capital físico produzido a cada ano (o investimento), seja superior ao capital consumido (a depreciação do ano). MAIS
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