segunda-feira, setembro 24, 2007

GOVERNO NÃO INVESTE E, PIOR, NÃO DEIXA CAPITAL PRIVADO INVESTIR
Durante anos, os investimentos públicos federais vieram sendo sacrificados nos ajustes fiscais. Nem o governo FHC nem a gestão Lula tomaram a iniciativa de extrair das chamadas despesas correntes (gastos de manutenção do Estado) a poupança necessária para evitar o descontrole das contas públicas. Fizeram-no sempre à custa do contribuinte, pela escalada tributária, e das despesas de capital.
Mesmo a modesta margem para ações de infra-estrutura com recursos do Orçamento - aberta após três anos de crescimento econômico mais acelerado e ainda assim debitada do superávit primário- esbarra na burocracia.
Há quase cinco anos no poder, não há iniciativa sistemática do governo petista para acelerar os trâmites do investimento público, a fim de que ele possa responder com tempestividade às necessidades da economia.
Mais grave, somada essa lentidão com as limitações financeiras do erário, é o governo não ter aberto mais oportunidades para o investimento privado em infra-estrutura. O leilão de sete lotes de rodovias federais de grande fluxo, entre elas a Fernão Dias e a Régis Bittencourt, já demora quase dez anos para sair do papel. Se não houver nenhum novo contratempo, o país conhecerá os consórcios vencedores das concessões em 15 dias.
É um atentado à lógica econômica que, por conta desse tipo de negligência, a rodovia interligando São Paulo e Belo Horizonte (dois dos principais centros de negócios do país) tenha levado 12 anos para ser duplicada e esteja hoje entregue à deterioração. Mas conceder tais rodovias à iniciativa privada é muito pouco diante do que poderia ser feito.
Todo o setor de logística no Brasil - estradas, portos, aeroportos e entrepostos - ainda está à espera de uma abertura ao capital privado destinada a romper com o empreguismo, a ineficiência e a carência crônica de investimentos que restringem o crescimento da economia brasileira. ÍNTEGRA
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