Lula negociou para não ser acusado de desestabilizar Evo
Denise Chrispim Marin e Beatriz Abreu, no Estadão
Bem diferente do discurso oficial ao longo de toda a semana passada, não foi a Petrobrás que fechou a negociação da venda das duas refinarias da estatal brasileira na Bolívia, em Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra. A empresa, o Ministério de Minas e Energia e o Itamaraty forneceram assessoria técnica e diplomática, mas todas as decisões foram tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma preocupação política que superou as questões econômicas do negócio.
Denise Chrispim Marin e Beatriz Abreu, no Estadão
Bem diferente do discurso oficial ao longo de toda a semana passada, não foi a Petrobrás que fechou a negociação da venda das duas refinarias da estatal brasileira na Bolívia, em Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra. A empresa, o Ministério de Minas e Energia e o Itamaraty forneceram assessoria técnica e diplomática, mas todas as decisões foram tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma preocupação política que superou as questões econômicas do negócio.
Dois ministros e uma alta fonte da assessoria do Planalto foram unânimes nos relatos feitos ao Estado, na quinta-feira e sexta-feira: eles disseram que, diante do previsível fracasso do modelo nacionalista estatizante boliviano, o presidente cuidou, o tempo todo, para que a venda das refinarias fosse feita de um jeito que 'não transformasse o governo Lula em bode expiatório'.
Isto é, de um jeito que não permita que Evo Morales venha a acusar a Petrobrás e o 'imperialismo brasileiro' de terem contribuído para desestabilizá-lo. LEIA MAIS
Hummmm!? Medo de perder prestígio com a esquerda - esquerda que reconhecem defender o "modelo nacionalista estatizante cujo fracasso é previsível"?
Reconhecem o fracasso do modelo, mas querem continuar vendendo ilusão com o fácil discurso de "esquerda"?
Essa atitude tem nome, não tem?
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