domingo, maio 06, 2007

Intelectuais fazem livro contra política de cotas
Roldão Arruda, no Estadão: A poucos dias da celebração do Dia da Abolição da Escravatura, os projetos de lei que criam cotas raciais nas universidades federais e o Estatuto da Igualdade Racial voltam a ser atacados por intelectuais. Dessa vez em forma de livro.Divisões Perigosas: Políticas Raciais no Brasil Contemporâneo, recém-lançado pela Editora Record, reúne artigos, assinados por historiadores, antropólogos, geneticistas, educadores - todos abertamente contrários aos dois projetos que tramitam no Congresso sob os auspícios da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Promoção de Políticas da Igualdade Racial.

A tônica principal dos artigos é que os projetos propostos instauram legalmente o racismo no Brasil, a pretexto de combatê-lo.
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Aqui em Itapeva também já foi criado um órgão de Igualdade Racial. Rapidamente (para criar cargos os políticos são rápidos, ?) nomearam uma militante do movimento negro, ligado ao PDT. Ocorre que a secretária da Cultura, do PT, "esqueceu" de providenciar mesa, cadeira, telefone, computador, para a moça trabalhar.
Daí que deu pau na base aliada (?) do prefeito.
Dizem que o "esquecimento" não foi por esquecimento, mas por ciúme eleitoral. É que o PT, que sempre quis tutelar os votos das minorias, não quer nem saber de sócio no pedaço.
Ai eu fico pensando cá com meu teclado. Os políticos, que vivem brigando e se desentendo, são pessoas indicadas para promover a paz entre as "raças", a igualdade racial? E se as pessoas, espelhando-se nos políticos, criarem o Partido dos Brancos, o Partido dos Negros, o Partido dos Amarelos, e uns começarem a acusar e a xingar os outros?
Pensando bem, não é exatamente isso que o PT e adjuntos querem?
Veja só, o MST faz de tudo, com relativo sucesso, para dividir a agricultura entre "agronegócio" e "agricultura familiar", como se um pé de milho ou feijão plantado por uns e outros obedecessem a diferentes leis econômicas ou biológicas.
Por mais esquisita seja essa divisão, dá resultado, isso dá. Pelo menos no campo eleitoral, que é o que interessa aos políticos. Como se sabe, a militância do MST virou voto cativo do PT.
Dia desses, um agrônomo escreveu, num jornal local, que os pequenos agricultores ("familiares") preservam o meio ambiente, enquanto os grandes degradam. Deu como exemplo o preservado Vale do Ribeira.
Certamente o agrônomo mudaria de idéia (militante muda de idéia?) se conhecesse a minha Turiba, município de Itaberá, e redondeza. Lá, nos anos 1950/60, antes da mecanização, do trator, só havia famílias cultivando a terra. Inclusive a minha família. Aravam a terra com arado de burro! Sem curvas de nível, sem o plantio direto (que foi descoberto depois ... pelo agronegócio!), as terras, em cada chuva, iam parar e encher o ribeirão! Até hoje o Ribeirão da Furquilha está cheio de areia, não por culpa do agronegócio, que nunca chegou por lá, porque o agronegócio não se instala em terras dobradas. A mecanização precisa de terras planas.
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