sexta-feira, maio 25, 2007

Democracia, crescimento e redistribuição
Por que o Brasil não está seguindo um caminho semelhante ao desses países [vizinhos]? Gostamos de pensar que é pela ausência de conflitos étnicos e pela força de nossas instituições democráticas, mas não se deve desconsiderar o papel exercido pelo controle da inflação, o aumento do salário mínimo e a forte elevação dos gastos correntes do governo. Como declarou Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição de 1988: "A boca dos constituintes de 1987-1988 soprou o hálito oxigenado da governabilidade pela transferência e distribuição de recursos viáveis para os municípios, os securitários, o ensino, os aposentados, os trabalhadores, as domésticas e as donas-de-casa". Isso serviu para desarmar o tipo de conflito distributivo que alimentou as mudanças políticas em outros países, mas gerou um Estado que investe pouco, depende de uma carga tributária elevada e é fraco na proteção dos direitos de propriedade. Ou seja, que compromete o crescimento. Além disso, essa solução obedece a uma lógica política em que o gasto público cresce muito acima do PIB, e é, portanto, insustentável. VALOR ECONÔMICO/ LEIA MAIS

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